Transmitindo Histórias


Todas as sociedades passaram por experiências sociais, políticas, econômicas e culturais. Por isso, são diversas as maneiras que cada grupo achava para contar, transmitir e preservar essas histórias. Alguns povos usavam a tradição oral, outros utilizavam do registro escrito, e, alguns, das fontes materiais. Desse modo, a história é transmitida de geração em geração. 


Tradição Oral

A tradição oral é de extrema importância para a preservação de tradições, saberes e de culturas locais.



Resumidamente, o conhecimento oral ou a tradição oral é a tradição transmitida oralmente de uma geração para outra.

É possível que uma geração passe seu conhecimento para a próxima sem o registro escrito? é sim! as mensagens ou testemunhos são verbalmente transmitidas em discurso ou canção e podem tomar a forma de contos, provérbios, canções ou cânticos, transmitindo assim a história através da oralidade.


Curiosidade: o folclore também é um forte exemplo de tradição oral, já que, embora os contos e lendas estejam escritos, eles se alteram várias vezes, dependendo de localidade e cultura.


Registro Escrito

Outra forma de transmitir a história é através da escrita. As primeiras tentativas de se criar sistemas de escrita aconteceram por volta de 4000 a.C.. Entre as primeiras civilizações que utilizaram a escrita, estão as da Mesopotâmia, da China, do Egito, e da Fenícia.



Os símbolos foram se desenvolvendo até formarem os primeiros alfabetos da antiguidade. 


A invenção da escrita é importante, pois facilitou o conhecimento sobre povos e culturas de centenas ou milhares de anos atrás, uma vez que muitos deles deixaram suas experiências registradas por escrito. Alguns dos povos que ainda não possuíam a ferramenta da escrita, tiveram parte de suas histórias registradas por viajantes estrangeiros, povos conquistadores, mercadores, religiosos etc., conhecedores de algum tipo de alfabeto com o qual registravam o que ouviam oralmente, o que presenciavam e as impressões que tinham. A partir do desenvolvimento da escrita, várias tradições orais foram registradas e transformadas em textos escritos.


Apesar de sua importância, essas tradições não foram as únicas ferramentas que transmitiram história. Podemos citar também as pinturas rupestres, feitas pelos hominídeos durante a Pré-História, que registra o cotidiano vivido por eles, como a caça. 



As Fontes Documentais


São elementos usados pelo historiador para dar confiabilidade à pesquisa histórica. Geralmente essas fontes podem ser divididas em dois grupos segundo o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional):


Cultura Material: bens móveis são os documentos escritos, acervos museológicos, cinematográficos, fotográficos, artísticos, entre outros. Já os bens imóveis são os sítios arqueológicos, as cidades históricas e pertences individuais, como mobílias, roupas, entre outros.


Universidade Federal do Paraná (Curitiba). Fundada em 1902, é a mais antiga do país


Cultura Imaterial: este representa os elementos intangíveis de uma cultura. Sendo assim, ele é formado por elementos abstratos que estão intimamente relacionados com as tradições, práticas, comportamentos, técnicas e crenças de determinado grupo social.


O Frevo é uma dança típica do carnaval pernambucano que surgiu no século XIX


A Contagem do Tempo


A Contagem do Tempo na História varia de acordo com cada povo e época. Os primeiros povos fizeram seus calendários tendo como referência os ciclos da natureza, suas crenças e seus costumes. Por isso, nem todos os países seguem o mesmo calendário.


Tempo Cronológico e Tempo Histórico

O tempo cronológico é definido como o tempo onde se desenrolam as atividades humanas: nascimento, crescimento, ir para a escola, as festas, etc. O tempo histórico são os acontecimentos que marcam

um povo, uma nação, ou as vezes a humanidade. Como exemplo poderíamos citar uma guerra, a construção de uma grande obra, a descoberta da cura de uma doença, etc.


O tempo cronológico pode ser marcado através de diversos calendários ou relógios, com isso, cada povo desenvolveu um calendário de acordo com as suas necessidades e os seus costumes.


Existem 12 animais na representação do calendário chinês e a cada 12 anos, o ciclo se repete. Os chineses acreditavam que, dependendo do ano em que a pessoa nasceu, sua personalidade assumiria os aspectos daquele animal.


Escolas Históricas 


Uma “Escola” pode ser entendida no sentido de uma “corrente depensamento”, sempre que ocorre um padrão ou programa mínimo perceptível no trabalho de grupo formado por um número significativo de praticantes de determinada atividade ou de produtores de certo tipo de conhecimento, sendo ainda importante que haja uma certa intercomunicação entre estes praticantes, a constituição de uma identidade em comum, frequentemente também ocorrendo a consolidação de meios para a difusão das ideias do grupo, como é o caso de Revistas especializadas controladas por seus membros ou programas veiculados em mídias diversas. Será importante entender ainda que as “escolas” podem apresentar uma referência sincrônica – relacionada a autores ou praticantes de uma mesma época – e uma referência diacrônica, no sentido de que a “Escola” pode se estender  no tempo e abarcar sucessivas gerações, ou ser por elas reivindicada.


O Positivismo: 

A defesa do Positivismo é de que somente o conhecimento científico é verdadeiro, não se admitindo como verdades as afirmações ligadas ao sobrenatural, à divindade. Relacionado ao último caso, Comte chegou a criar uma nova ordem espiritual, onde a divindade não seria venerada, somente a humanidade. A sua inspiração para originar essa nova ordem espiritual veio da disciplina e da hierarquia católica, mas, ao mesmo tempo, a sua concepção era totalmente dissociada de todas as religiões cristãs. Essa concepção nasceu do fato de ele considerar a humanidade como sendo uma entidade unitária, cuja por ele batizou-se de Grande Ser.


Auguste Comte


Materialismo Histórico:

O materialismo histórico é uma teoria política, sociológica e econômica desenvolvida por Karl Marx e Friedrich Engels no século XIX. Os pensadores haviam entendido que o século XIX, vivente da alta modificação social propiciada pela Revolução Industrial, possuía uma nova configuração, baseada na força de produção da burguesia e na exploração da mão de obra da classe trabalhadora por parte da classe burguesa (donos das fábricas).


Os sociólogos também entenderam que sempre houve um movimento histórico de luta de classes na sociedade e que esse movimento era a essência da humanidade. A teoria de Marx e Engels divergia do idealismo alemão, principalmente de Hegel, que entendia haver um movimento intelectual de cada época que influencia as pessoas. Para Marx e Engels, eram as pessoas que faziam a sua época.


Karl Marx foi o principal teórico do materialismo histórico.


Annales:

Contra uma historiografia positivista, essa uma das ideias principais da primeira geração dos ANNALES, liderada por Marc Bloch e Lucien Febvre, esse movimento sugeria um novo paradigma que seria a "História problema", "História social" ou "Nova história", a história não deveria mais ser pensada como uma "ciência do passado", e sim deveria dar importância ao presente para poder se compreeder o passado; e nem como "ciência do homem", a história seria segundo Bloch "A ciência dos homens no tempo" e febvre definia a história como sendo "Filha de seu tempo", agora os documentos que para os positivistas representavam fontes verdadeiras de história passam a ser considerados vestígios históricos, mesmo o mais claro documento não fala se não for interrogado pelo historiador.


Influenciados pelas ideias durkheimiana os Annales dão importancia a interdisciplinaridades, deveria haver uma unidade entre a História e as ciências sociais, de forma que as formas de pensar em História, estejam abertas as problemáticas e a metodologias existentes em outras ciências sociais.


Sendo assim os ANNALES combatiam uma História que simplesmente narravam os acontecimentos e propunham uma produção histórica não mais política e militar, mas voltada para as atividades humanas, com a colaboração interdisciplinar.


Marc Bloch


História Cultural:

Corrente historiográfica que se desenvolveu no último terço do século XX e que se caracteriza pelo estudo da história com base em perspectivas diferentes das tradicionalmente apresentadas, como a história politica, militar e econômica. Os centros de sua maior expressão têm sido França e Inglaterra, onde estão seus principais representantes, como: Peter Burke, Roger Chartier, Roger Darnton e Carlo Ginzburg.


Escrito e publicado por: Davi Junqueira e Maria Eduarda Mello.


Fontes usadas para pesquisas:

Transmitindo Histórias:


Livro Poliedro Volume 1, capítulo 1.


Tradição Oral:


Escola Educação (https://escolaeducacao.com.br/o-que-significa-tradicao-oral/)


Google Arts & Culture (https://artsandculture.google.com/entity/m0l0m4?hl=pt)


Tradição Escrita:


Livro Poliedro Volume 1, capítulo 1


Mundo Educação (https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/origem-escrita.htm)


Brasil Escola (https://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-arte-rupestre.htm#:~:text=A%20arte%20rupestre%20%C3%A9%20a,cavernas%20e%20nos%20utens%C3%ADlios%20dom%C3%A9sticos.&text=Esse%20tipo%20de%20arte%20se) 


As fontes Documentais :


Livro Poliedro Volume 1, capítulo 1


Toda Matéria (https://www.todamateria.com.br/cultura-material-e-imaterial/)


A Contagem do Tempo :


Livro Poliedro Volume 1, capítulo 1


Documento Prefeitura de Santos - Secretária da Educação 


Escolas Históricas:


Artigo Publicado por José D’Assunção Barros - UFRRJ


Info Escola (https://www.infoescola.com/educacao/auguste-comte-o-positivismo-e-a-escola/)


Brasil Escola (https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/materialismo-historico.htm)


Monografias (https://www.monografias.com/pt/docs/Quais-s%C3%A3o-as-principais-caracter%C3%ADsticas-da-escola-P36KABR57X)


Livro Poliedro Volume 1, capítulo 1

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