Antiguidade Ocidental

Grécia Antiga

A Grécia Antiga foi uma das civilizações mais importantes da antiguidade, devido a sua cultura rica e os grandes conhecimentos dos gregos. Essa sociedade se desenvolveu no sul da Europa, mais precisamente na Península Balcânica, nas ilhas do Mar Egeu e no litoral oeste da Ásia Menor.




A origem da Grécia Antiga

Os gregos se originaram na região do Mar Mediterrâneo, numa ilha chamada Creta. Os cretenses, conforme o desenvolvimento da navegação, se dedicaram ao comércio marítimo e estabeleceram colônias ao longo do Mar Mediterrâneo, passando também a controlar a Península Balcânica.

A cultura dos cretenses possuía muita mitologia, produção de instrumentos e objetos e construções grandiosas, como o Palácio de Cnossos. Os cretenses também são chamados de minoicos, devido a lenda ligada ao Rei Minos, que diz que ele fundou a civilização de Creta


Rei Minos

Conforme o tempo, Creta passou a ser ocupado por outros povos, como os aqueus, jônios, dórios e eólios, povos esses vindos da Ásia. O povo que mais se destacou dentre esses foram os aqueus, cuja cultura foi fundida junto a cultura dos cretenses, formando assim os micênicos. Os micênicos possuíam grandes relações comerciais, mas acabaram entrando em decadência devido a onda de invasões dos dórios na região, o que forçou a população a migrar para outros locais, ocasionando a primeira diáspora grega. Assim, a cultura grega foi disseminada pelo Mar Mediterrâneo.

Divisão histórica da Grécia Antiga

Para melhorar a compreensão da trajetória do povo grego, os historiadores dividiram a história deles em cinco períodos: Período Pré-Homérico, onde houve a origem de tudo e existência dos cretenses e dos micênicos, Período Homérico, época onde os dórios predominaram, Período Arcaico, onde surgiram as pólis (cidades-estados), Período Clássico, quando a Grécia Antiga alcançou o seu auge devido ao grande avanço na arte e na cultura, e Período Helenístico, época do declínio dessa civilização e fusão com a cultura oriental.

Política e sociedade grega

Após o fim dos micênicos, surgiram agrupamentos populacionais conhecidos como genos, que eram ligados por laços de parentesco e viviam da agricultura. Com poucas terras férteis na região, disputas entre eles passaram a ser recorrentes, enfraquecendo-os. Para sobrevivência, muito genos se juntaram a outros e formaram alianças, conhecidas como fratrias. Das fratrias, vieram as tribos, e das tribos, vieram uma estrutura política mais forte: as pólis, ou cidades-Estado.



As pólis possuíam autonomia política e econômica, e nelas ocorriam desde debates políticos até produções artesanais. Cada pólis era subdividida em demos (povoados), e o chefe da pólis era o rei, também chamado de basileu. As pólis mais importantes eram Atenas, Corinto, Esparta e Tebas.

O poder grego acabou de estendendo em colônias, e nas colônias, as pólis capturavam pessoas para as tornarem escravas. Dentre os escravos, estavam pessoas empobrecidas e com dívidas, ou prisioneiros de guerra.

 

Atenas e o governo democrático

Embora fossem independentes, as cidades-Estado tinham relações entre si, mas a pólis que possuía mais riqueza se sobressaia, que no caso era a de Atenas. Essa pólis antes foi governada por um basileu, mas seu poder foi enfraquecido, sendo então Atenas passando a ser governada por eupátridas (ou “bem-nascidos”), que eram filhos de grandes proprietários de terras. Esse tipo de governo é chamado de oligarquia. Além disso, na sociedade também haviam os pequenos proprietários de terras, chamados georgóis, os que não possuíam terras, chamados thetas, e os escravos.

Os eupátridas costumavam apenas a beneficiar a si próprios, o que revoltou os demiurgos (grandes comerciantes) e escravos. Foram então escolhidos alguns legisladores, que formulavam leis para restabelecer a ordem em Atenas. 

O caminho para democracia

Dois legisladores acabaram se destacando: Dracón e Sólon. Dracón, em 621 a.C., criou leis rígidas para conter as revoltas e que privilegiavam a aristocracia, já Sólon, em 594 a.C., criou leis para o povo. Mesmo com as leis, havia muita desigualdade social em Atenas, o que fez o povo, principalmente os pequenos proprietários, a apoiarem uma forma de governo autoritário, ou seja, uma tirania.

Pisístrato foi o primeiro tirano, e mesmo tendo métodos autoritários, privilegiava os que estavam nas camadas sociais mais baixas. Um de seus sucessores, Clístenes, visou aumentar a participação política do povo e acabar com os privilégios dos aristocratas. Todo esse processo originou a ideia da democracia, que fazia o povo participar da política ateniense. Entretanto, nem todos em Atenas tinham esses direitos políticos, como os escravos, as mulheres, estrangeiros e homens menores de 21 anos. O auge da democracia ateniense foi quando Péricles subiu ao poder, entre 443 a.C. e 429 a.C.


Pintura representando um discurso de Péricles. 

Escrito e publicado por: Cecília Rodrigues e Davi Junqueira.



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