Antiguidade Oriental - Parte 2

Fenícios


Os povos fenícios se localizavam no litoral leste do Mar Mediterrâneo, atual Líbano e Síria.
O solo onde eles se encontravam era infértil, por isso, não eram um povo detentor de uma agricultura promissora. Entretanto, eles se aperfeiçoaram em outras atividades, como o artesanato, o comércio e a navegação. 

Como a região onde viviam lhes proporcionava diversos portos naturais, os fenícios foram, aos poucos, dominando o comércio do Mediterrâneo. Eram grandes comerciantes e navegadores, tanto que eles ficaram conhecidos como “povos do mar”.


A religião da Fenícia era o Politeísmo, onde praticavam rituais de sacrifício de animais.
As cidades fenícias eram cidades-Estados - nunca constituíram um Estado centralizado, mantendo então governos próprios e independentes. Em comum, elas tinham a língua, a religião e as atividades econômicas.

O período entre 1000 a.C. e 700 a.C. foi o de maior destaque para as cidades de Tiro, Ugarit, Sidon, Beritos e Biblos, as quais disputavam entre si o controle marítimo do Mediterrâneo. Dentre elas, Tiro foi a que, por mais tempo, exerceu hegemonia sobre as demais.


Além dos portos naturais, outros recursos contribuíram para o desenvolvimento marítimo e comercial da região, como as vastas florestas de cedro, cuja madeira é perfeita para a construção e de embarcações. Outro aspecto de destaque foi a observação dos astros, estudo que ajudou os fenícios a localizarem-se e guiarem-se em alto-mar. Além disso, para facilitar o comércio, eles desenvolveram a escrita fonética.

Hebreus


Os hebreus foram um povo que surgiu, acredita-se, por volta de 2000 a.C. Tiveram o seu primeiro desenvolvimento às margens do Rio Jordão, na árida região da Palestina. Daí vem o seu nome, já que hebreu significa “povo do outro lado do rio”.



A trajetória histórica dos hebreus está registrada em um dos mais antigos livros da humanidade, a Bíblia. No entanto, não podemos esquecer que essa obra tem caráter religioso e as menções históricas foram elencadas para reforçar e sustentar a religiosidade judaica e, posteriormente, a cristã.

Enquanto dedicavam-se à pecuária, o povo hebreu era um povo nômade, mas de regresso à Palestina passou a se dedicar à agricultura, ao artesanato e ao comércio, se tornando, assim, um povo sedentário.

Judaísmo é o nome da religião desse povo. Os hebreus eram monoteístas e cultuavam a Javé. A sua religião estava baseada nos Dez Mandamentos, escritos por Deus nas Tábuas da Lei e entregues a Moisés, no Monte Sinai. 

Persas


Os persas foram povos de uma antiga civilização que habitaram a região mesopotâmica, no planalto do Irã, próximo às margens do Golfo Pérsico. Descenderam de uma tribo nômade chamada parse, que migrou da Ásia Central para uma região no sul iraniano aproximadamente em 1000 a.C. 




Os persas foram dominados pelos povos medos até o reinado de Ciro, no século VI a.C. Esse imperador conseguiu unir várias tribos, organizando um grande exército, que, após derrotar seus dominadores, passou a invadir e conquistar os territórios vizinhos. 
Isso possibilitou que o domínio desse povo se estendesse pela Mesopotâmia, pelo Egito, pela Palestina, pela Ásia Menor e por vastas áreas que iam até a índia, tornando a Pérsia o império mais poderoso de seu tempo.

Mesmo conquistando tantos territórios, os persas respeitavam as culturas dos povos que dominavam, mas, em contrapartida, exigiam deles o pagamento de impostos. Ao instituir relações comerciais e culturais entre diferentes sociedades da Europa, da África e da Ásia, os persas acabaram absorvendo e incorporando aspectos de culturas distintas. A administração desse vasto império tornou-se um grande desafio.

Assim, durante o reinado de Dario, ele foi dividido em províncias chamadas satrápias, administradas pelos sátrapas - homens de confiança do rei, encarregados de fiscalizar todos os aspectos da região para a qual eram nomeados. Estes, por sua vez, eram supervisionados por uma rede de inspetores  locais, conhecidos por "olhos e ouvidos do rei".

Dario também instituiu uma moeda única em todo o império para facilitar o comércio entre territórios tão distantes. Além disso, o desenvolvimento de estradas e de um eficiente sistema de correio ajudava os imperadores persas a administrar com eficiência seus domínios.

O zoroastrismo foi assim chamado em homenagem do profeta Zoroastro (ou Laratustra), que viveu entre os séculos VIl a.C. e VI a.C. e reorganizou a religião antiga dos persas. Segundo essa crença, há dois deuses em luta constante: Ahura Mazda, ou Ormuz, deus criador que representava o bem; e Arima, que simbolizava o mal. Para os persas, o final dessa luta ocorreria quando o deus do bem vencesse o do mal. Nesse dia, os mortos ressuscitariam e ocorreria o grande julgamento da humanidade: os aprovados viveriam no paraíso, enquanto os desaprovados seriam condenados ao interno. Essas premissas constam no livro sagrado do zoroastrismo, o Zend-Avesta.


Escrito e publicado por: Beatriz Vendeiro, Maria Eduarda Mello e Davi Junqueira.

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