Império Bizantino
O Império Bizantino surgiu depois da divisão do Império Romano em 395, e sua capital era Constantinopla, cidade europeia mais importante durante a Idade Média.
Constantinopla: a capital bizantina
Sendo de longe a maior cidade bizantina, Constantinopla foi construída pelo imperador Constantino, onde era a antiga Bizâncio. Sua localização geográfica estratégica foi fundamental para o desenvolvimento da cidade por ser uma região que possibilitava muito o comércio, diferentemente de Roma.
Seu comércio era de principalmente seda, escravos e especiarias, e era uma cidade grande, com cerca de um milhão de habitantes quando Justiniano era o imperador.
Economia e Política
O comércio e o artesanato eram essenciais para os bizantinos, e, como já dito anteriormente, Constantinopla possuía localização privilegiada, entre a Europa e a Ásia, o que favoreceu muitos contatos comerciais que abasteciam a cidade. Esses contatos se davam principalmente com o Egito (principal fornecedor agrícola), Síria (fornecedor de produtos artesanais) e também Alexandria e Antióquia.
Em relação à política, o Império Bizantino era teocrático, e possuía um imperador que era considerado um enviado de Deus. As leis oficiais foram essenciais para unificar o Império, que era composto de uma civilização muito diversificada, com egípcios, gregos, judeus, etc. O poder do imperador era fundamentado pela Igreja, e tinham um grande exército. Com o tempo, a cultura grega se tornou extremamente importante para o Império, sendo assim a língua grega a oficial e o latim deixado de lado, o que aponta um abandono das estruturas romanas.
Governo de Justiniano
O Império Bizantino chegou ao seu ápice com o governo de Justiniano (527 – 565), que propôs reconquistar territórios antes pertencentes do Império Romano do Ocidente, o que fez o Império chegar a sua máxima extensão. Ele também organizou as leis bizantinas, criando um importante conjunto de leis chamado Corpus Juris Civilis.
Sociedade e Cultura
A hierarquia social bizantina era parecida com a de outros lugares da Europa, com um imperador que era o único possível que podia nomear um patriarca da Igreja Ortodoxa. Já os nobres eram os privilegiados e ocupavam altos cargos administrativos.
Em relação aos comerciantes, muitos enriqueceram com o comércio elevado da região, porém, continuavam não tendo a possibilidade de ocupar importantes cargos políticos e não detinham privilégios. Haviam também os artesões, e os camponeses, que contribuíam com a agricultura e pecuária. Esses eram os que mais sofriam economicamente e eram escravizados por dívidas, o que faziam perder qualquer direito.
Igreja Católica Ortodoxa do Oriente
O cristianismo bizantino era diferente do difundido em Roma, e desde sempre o Império possuía problemas com as relações com a Igreja do Ocidente e com os imperadores que pretendiam manter a Igreja submetida ao seu poder.
Os imperadores também lutaram contra a influência dos monges, que cultuavam imagens e ícones religiosos, o que gerou a Questão Iconoclasta. Os imperadores iconoclastas não permitiam a veneração a imagens religiosas, e tentaram a destruição delas para diminuir a influência dos monges, mas o culto a elas continuou.
Houve também a Cisma do Oriente, que causou de vez a ruptura da Igreja Cristã em duas: Igreja Católica Apostólica Romana, com sede em Roma e chefiada por um papa, e Igreja Católica Ortodoxa do Oriente, com sede em Constantinopla e chefiada pelo patriarca dessa cidade.
Arte e Literatura
A separação do Império Romano em dois foi uma grande divisão histórica e cultural também. A literatura e a arte estavam a serviço do imperador e da Igreja, sendo a alta cultura tendo a principal característica a ressignificação do mundo greco-romano, e a arquitetura era religiosa e palaciana, como a Basílica de Santa Sofia, construída no governo de Justiniano. A principal característica decorativa eram os mosaicos, que ensinavam sobre o Cristianismo.
Papel da mulher na sociedade Bizantina
As mulheres precisaram lutar muito para conquistar seus direitos políticos, religiosos e sociais no Império Bizantino. Como exemplo, as mulheres na Igreja Ortodoxa tinham o papel de assistentes em cultos ou missas, mas precisavam ser viúvas ou virgens para exercerem isso, e o Império não dava atenção a educação feminina, onde poucas mulheres sabiam ler e escrever.
Houveram aquelas que conseguiram despontar no Império Bizantino, lutando fortemente pela defesa dos direitos femininos, como a Imperatriz Teodora, esposa do Imperador Justiniano, que foi a autora da primeira lei sobre aborto que se tem registro, conseguiu a penalização de estupradores, proibiu a prostituição forçada, autorizou casamento entre pessoas de grupos sociais, raças e gêneros diferentes, etc.
Fim do Império Bizantino
Em 1453, Constantinopla ruiu com a expansão dos turcos-otomanos, sendo assim o fim do Império, porém, sua cultura continuou sendo difundida com a migração dos bizantinos para outras cidades europeias e asiáticas.
Escrito e publicado por: Beatriz Vendeiro, Cecília Rodrigues e Davi Junqueira.
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